sexta-feira, julho 1

Rir

Me peguei elaborando esse post durante a semana inteira, mesmo sem concretizar as palavras. Fiquei questionando o uso de preposições e as contradições de algumas frases. Sabe quando seus pais brigam dizendo "NÃO ME RESPONDA!", mas, se você fica calado, bombardeiam um "ME RESPONDA!". Isso me empertiga. Não tinha dito pra não responder? Acho que eles só não querem ouvir aquilo que é óbvio, tipo:
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AINDA NA CAMA?
- Dormindo...
- NÃO ME RESPONDA!!!
Agora, em outra ordem:
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AINDA NA CAMA?
- ...
- ME RESPONDA, MOCINHO!
De qualquer forma, vou me apegar ao "rir com, não de", nesse post. Uma pessoa me disse que é impossível viver sem contato social. Sabe aqueles dias que a única coisa que você quer é ficar isolada do mundo? Filipe Ramos, pessoa legal. Mas, quando você tá tendo uma crise existencial, espera apoio, e não uma conversa profundo-filosófica sobre a necessidade de um ser humano estar ligado a outro. Como minhas roupas, meu xampu, meu leite, minha existência, tudo que é meu depende de outros. Ruim, né? As pessoas que se acham independentes são meramente depressivas por pensar que não dependem de alguém, que podem viver sozinha, se quiser. Alguém independente, que sai pra comprar uma prancha de surfe e acaba escolhendo a de melhor aparência. Por quê? Porque alguém te diz qual é a mais bonita, qual a melhor estampa, a melhor cor, a melhor marca, e alguém te impõe a vontade de surfar, mesmo que inconscientemente. É, meus caros, muito complicado. Mas eu entendo os pais, eles só fazem seu papel. Como um professor chato que pega muito no pé, e acaba te fazendo aprender melhor a matéria.
DE OU COM?
Rir. Você pode simplesmente estar rindo, mas, quando eu disse que ria à toa pra minha psicóloga, ela começou a encher de perguntas: É uma risada nervosa? É uma risada forçada? É uma risada triste?
Não, não é. Só achei graça e ri. Mas tem dois jeitos básicos de rir: rir DE algo ou rir COM algo. Vou tentar explicar da melhor forma que posso a diferença dos dois.
RIR COM: Se alguém faz graça pra você rir, propositalmente, está te intuindo a rir com ela. Uma piada, uma cara de bobo, uma história ridícula, ou até mesmo sair pulando por aí gritando YO YO YE!, só pra ver sorriso se formar no seu rosto. Sabe aquele palhaço, que t faz rir, mas não por ser ridículo, mas por ser divertido? Essa pessoa te faz rir com ela, e não dela.
RIR DE: Não é tão simples quanto rir com. A linha que divide ambas é tão tênue quanto o que é psicológico e o que é fato. No geral, se você está indo às custas de alguém. Essa ação deixa um dos envolvidos como expiatório, ridicularizdo, e magoado. Prém, é bem difícil não rir de uma queda crucial de alguém conhecido (é bem mais engraçado com seu amigo que com um desconhecido na rua), como as minhas quedas, por exemplo, quando eu caio que nem uma jaca no chão. As comédias nos obrigam a isso, a mídia nos diz que o fracasso é engraçado. Seria bem melhor se o fracassado também achasse engraçado, não?

No fim das contas, o que importa é RIR, SORRIR, GARGALHAR, e ser feliz, porque na vida tudo passa, não importa o que tu faça, o que te fazia rir hoje já nem tem mais graça, que nem o Túlio Dek fala.
Boas férias, amados! kkkk
Beijocolates
#V

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