terça-feira, julho 5

Valores

Siiiiiiim, isso mesmo, galerinha do mal, JUH POSTOU NA FÁBRICA! Chega a ser mágico, mas não é um milagre. Não, a vaga de milagre a gente deixa para quando MAIRA postar, isso sim. De qualquer modo, a postagem de Juh me deixou pensando em umas coisas coisas, umas questões de valores, mesmo, então vou começar os devaneios (não entendo por que tantas desculpas pela "viagem" de Júlia, se viajar é só o que eu faço nesse blog)
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Me desculpem por não ter uma imagem minha hoje; me divirto muito fazendo as montagens para meus posts. O que acontece é que eu estou usando o netbook do meu pai, ou notebook, não sei bem, o fato é que não tem tecla para o cedilha e também vai pulando as linhas, às vezes, o que torna minha criatividade cada vez mais escassa. Ah, sim, e não posso salvar uma montagem aqui para por no post, então, é isso.
Estou lendo um livro incrível. A julgar pela capa, diria ser horrível. Olha só o nome do livro: Big Love, rosa, com uma cama ao fundo, e com o seguinte subtítulo: Porque um namorado bonito é como um sofá branco: um convite ao desastre. Aí vai: não é bem um romance. É uma comédia baseada no elevado nível de drama da personagem narradora. Incrível. Fiquei pensando sobre isso, sabe... Claro, TODO MUNDO já ouviu de alguém que "não se deve julgar um livro pela capa", mas está bem claro que ninguém enquadra a frase o suficiente para APLICÁ-LA. Tem algo a ver com não recusar bons companheiros só porque são feios ou porque suas bundas não são gostosas o suficiente, mas ninguém - eu digo, ninguém - deixa de avaliar a aparência do candidato ou a gostosura de sua bunda. O físico é muito relativo, alguém que se considera a musa de Borogodó pode ser um ogro em Pucurudú, sabe? Um melhor exemplo: mulheres com bunda pequena e peito grande são perfeitas nos EUA, mas no Brasil voce só tem que ter bunda, mesmo que seja óbvio que uma mulher que tem uma bunda enorme tem que ter um par de peitos razoavelmente avantajados.
Mas paremos de falar de bundas.
Fiquei imaginando qual é a minha capa, meu título, meu subtítulo e meu conteúdo. Já pensou nisso? Porque um título pouco atraente já faz alguém preguiçoso, que não terá paciência de ler o livro, ficar desinteressado. Às vezes, quase sempre, os dois primeiros capítulos são simplesmente inadimissíveis, falando de um modo tão, ahm, ridículo, que te faz quase querer desistir de ler o livro, mas, se você segue lendo, descobre que há tantos fatos fabulosos na história que só fazem do livro um dos mais especiais que já tenha lido.
Eu sou o tipo de pessoa careta que tenta tirar suco de pedra. Sabe? Quando todos estão naquela idade em que falar mal de todo mundo está no auge, e eu fico excluída, defendendo-os, porque sei que são pessoas que, no fundo do fundo das profundezas de seu abismo, são boas. Pessoas que, se os fofoqueiros permitissem-nas entrar em suas vidas, ficariam bem, porque tem mais coisas em comum que aparentam, assim como um livro rosa não parece em nada com um ver de, mas a história pode ser agradável da mesma maneira.
Sou julgada por isso. Ser julgada por não julgar os outros, chega a ser ridículo quando falo assim, não é? Mas parece fazer muito sentido na prática, ao menos para algumas pessoas que conheço. Tenho uma amiga que me chama de "defensora dos oprimidos". É verdade, às vezes fico chateada, magoada, porque quero apenas desfrutar o melhor dos livros, mas às vezes eles mesmos se voltam contra mim. Me sinto cega: é difícil enxergar coisas boas em alguém que só vê o que de ruim há em você, mas não quero quebrar meu encanto, porque conheço todos os bons aspectos dele, e não quero correr o risco de abrir os olhos e simplesmente esquecê-los.
Então, o que é verdadeiramente importante na nossa vida? Sei muito bem que Juh não é a única que tem os amigos no topo de sua lista de prioridades, mas o que é um amigo para vocês? A maioria me responderia com "alguém que tenha interesses em comum", "alguém que me apoie em minhas escolhas", ou mesmo alguém que lhe acompanhe a festas, que ria de você quando esteja de ressaca no dia seguinte, com a cabeça latejando.
Um amigo náo pode te questionar? Mas será que é isso que é um amigo? Para mim, é ser um objeto, só balançar a cabeça quando for apropriado, na direção que lhe for mandado. Mas quem te diz "por hoje, já deu", quando você já bebeu tanto, merece sua raiva ou um "obrigado" por te poupar da ressaca da manhã seguinte? Não sei por que me apego tanto à bebida, talvez porque é só do que se fala quando se trata desses assuntos, mas, deixe-me ver... São seus amigos quem te batem quando começa a odiar sua vida, ou quem concorda? É seu amigo quem mente sobre não ter estudado só para que se sinta melhor pelo fato de você mesmo não ter estudado, ou aquele que se dispõe a estudar com você? é chato avaliar tudo, porque, quando se começa a indagar mais e mais coisas, acaba se tornando tudo muito teórico, e quase se esquece a parte prática, o que é o mais importante.
Quanto a você, se as coisas estão indo sem graça ou péssimas, tente lembrar que são só algumas páginas ruins, até a melhor parte de seu livro. Mas outra coisa: se os escritores se prendessem às piores partes, pensando que não conseguiriam melhorar seus livros, o que seria da literatura?
Você é um escritor. Vai ficar aí parado reclamando das páginas bobas?
Beijocolates, #V

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