O pulso é sensível aos tímpanos, a felicidade irredutível pregando-lhe um riso à garganta. Fita-o, mais uma vez, e ergue as sobrancelhas ponderando sua insegurança. Abraça-lhe o corpo, pedindo, secreta e silenciosamente, que fique um pouco mais. Em gesto desagradável de pressa, ele esquiva-se, sem demonstrar qualquer lamento profundo. Não querendo ser abusiva, engole em seco, volta-se a outros e inicia uma nova conversa, negando ressentimentos. Guardam novamente seus romances incertos e procuram aparentar, em intuito de proteção ao outro, indiferença.
Mais tarde, ao reencontrarem-se, mostrarão dentes em gesto exultante, ansiosos por códigos próprios cujas traduções não cabem à língua em pronúncia, mas em dança e calmaria desesperadas.
Ainda não serão capazes de admitir quão necessários são um ao outro.
Beijocolates,
#V
Devemos confessar que nada nos faz mais ansiosos por algo que o contexto misterioso no qual está inserido, não é mesmo?