domingo, março 24

Forever Young


Acho que esse ano, especialmente, eu venho passando por uma forte incoerência de pensamentos e expectativas com relação ao futuro. Por um lado, estou extasiada com a proximidade do vestibular e, em seguida, a universidade... é como se a minha vida finalmente fosse começar de verdade e tudo mais, mas, por outro, antagonicamente, eu não quero que o ensino médio acabe e que aconteça aquele distanciamento dos seus amigos do colégio que todo mundo fala.

Preciso confessar: eu morro de medo de chegar ao mundo real e não estar preparada. Querendo ou não, a primeira vez que eu peguei um ônibus sozinha foi no final do ano passado, a primeira consulta ao médico que marquei sem a mediação da minha mãe foi esse ano e ainda bem que essas coisas aconteceram, mesmo que recentemente. Imagina eu ter que pegar o primeiro ônibus da minha vida indo pra a primeira aula do ano na faculdade, aí eu me perco e acabou-se o mundo.

E se realmente chegar a minha hora de viver de verdade, de lidar com problemas reais e muito maiores do que eu e não estar preparada?

Estou passando pela velha Crise do Peter Pan, sabe, aquele menino que se escondeu do mundo inteiro e foi para um planeta distante onde ele não precisava crescer nem amadurecer... pois é, é exatamente assim que eu me sinto agora. Se eu pudesse, escapava da realidade por algum tempo, mas, como o próprio nome do planeta de Peter Pan já diz (Terra do Nunca), isso é impossível.


sexta-feira, março 22

Teste 081



H: Você me dá um arrepio com todos os seus defeitos. Eu ainda amo você; tinha de ser você... Tenho pensado muito, e é isso: eu amo você.
S: O quê?
H: Eu amo você.
S: Como espera que eu responda a isso?
H: Que tal: 'eu também amo você'?
S: Que tal: 'vou embora'?
H: O que eu disse nada significa para você?
S: Desculpe, Harry. Eu sei que é véspera de Ano Novo, sei que você se sente só... mas não pode aparecer e dizer que me ama, e esperar que fique tudo bem. Não é assim que funciona...
H: Então, como funciona?
S: Não sei, mas não é assim.
H: Então que tal assim: adoro que você sinta frio quando lá fora faz 22 graus. Adoro que demore uma hora e meia|para pedir um sanduíche. Adoro esta covinha sobre o seu nariz quando me olha como se eu fosse um louco. Adoro quando passo um dia com você e sinto seu perfume na minha roupa. E adoro que você seja a última pessoa com quem falo à noite antes de dormir. Eu não vim só porque estou sozinho ou porque é véspera de Ano Novo. Vim porque, quando chegamos à conclusão de que queremos passar o resto da vida com uma pessoa, desejamos que o resto da vida comece o mais cedo possível.
S: Está vendo? Isso é bem seu, Harry. Você diz essas coisas, tornando|impossível para mim lhe odiar. E eu odeio você, Harry. Eu realmente odeio você... Odeio você.
Harry e Sally: feitos um para o outro (1989)

Beijocolates,
#V
P.S.: Com as minhas tias em casa, tenho acompanhado flashes de "Salve Jorge" e, depois de aulas sobre a fortíssima cena que Graça Aranha retrata em sua obra, "O Canaã", devo dizer que a intertextualidade está em entrelinhas berrantes no nosso dia-a-dia. Me revoltam os adultérios, os desencontros, o "quase" e toda essa coisa real que as telenovelas retratam. Ah, por favor! Agora o mocinho está apaixonado pela vilã cruel que estragou sua vida romântica? E esses nomes? O marido da delegada ouve o adjetivo - porque, no meu país, "morena" é característica, não nome próprio - e começa a boicotar a droga da novela inteira?! Espero, mesmo, só ter paciência pra essas coisas depois dos 76...

segunda-feira, março 18

Teste 080

O pânico                          As histórias     Os sorrisos
As palavras                       O tilintar da chuva
O verão                                     As meias verdades              As vitórias
                                       A espera                                                  Os sonhos            A água fria
Os trovões
A saudade                O romance                                  A loucura
#V 

domingo, março 17

Teste 079

Qual o segredo em se apaixonar?
Ando muito intrigada acerca do tema, buscando e buscando uma resposta que não vem. Claro que todos vão me responder "Ah, sabe como é: simplesmente, acontece!", mas... Como conseguem? Estou sendo pouco esclarecedora, sei disso. Então vamos contornar tudo isso.
Nem comecem a cantarolar, não estou aqui para rituais diabólicos nem nada do tipo.
BAD ROMANCE
Você olha para aquela pessoa übercool e sente o coração acelerar.
Alguém toca seu braço, com um sorriso bonitinho no rosto, e você sente o sangue fluir para as bochechas, ou para qualquer outro lugar.
Outrem lhe dá um beijo perigosamente perto da boca, e o melhor a ser feito parece ser segurar firmemente sua nuca e manter uma proximidade razoável e tentadora.
Pois bem, é assim que começa - às vezes. O que fazer quando todas as pessoas ao seu redor são übercool, têm um sorriso bonitinho, não sabem beijar rostos e fazem sua cabeça explodir (não literalmente, por favor)?
Alguém nesse mundo já parou para pensar sobre quão ótimos são todos aqueles com quem passamos bom momentos, maus momentos e, bem, momentos?
Essa coisa de se apaixonar é muito injusta: fazemos uma seleção, naturalmente, e sequer percebemos qualquer coisa, até que nos pegamos pensando um  pouco mais em certo indivíduo - o vencedor dessa loteria fajuta, nosso coração - tum. tum.
Coração é um dos principais órgãos para a nossa vida ou sobrevida: é ele quem bombeia sangue para todos os nervos de nosso corpo e ainda permite um pouco de rubor facial, só para nos quebrar. Mas então, o que tem a ver o coração com o amor? Se alguém não tem uma explicação tão criativa, deixa subentendido que foi puro luxo de alguma era antiga - beeeem antiga. Que tal empregar clichês? "O amor/coração é a razão de ser, é o amor/coração que nos dá a vida; o amor/coração é hábil, o amor/coração coordena cada movimento, desde um sorriso até uma lágrima; o amor/coração..." Bem, pois não. Meu córtex não fica exatamente contente com todo esse monopólio amoroso.
Então você tem mil e trocentas amigas super gatas e simpáticas e meigas e que lhe dão vontade de convidá-las para entrar, tomar um chá e conversar besteiras? Hmmm... E acredita mesmo que, um dia, conhecerá uma outra mulher super gata e simpática e meiga e que lhe dará vontade de convidá-la para entrar, tomar um drink e conversar sobre a bolsa de valores? Suponhamos que isso realmente aconteça, e você fique especialmente encantado por essazinha aleatória. E isso lá é justo? Poxa, suas mil e trocentas amigas foram super gatas et cetera durante anos e você simplesmente dá a preferência à novata? Por quê? O que ela tem a mais?
É uma pergunta sincera que também faço às garotas: não neguem que seus amigos são uns fofos. O jeito que cada um tem de abraçar você, ouvir seus dramas, fingir que se importa, rir com timidez, bagunçar os cabelos... bem que lhe deixa abalada, não? (Só um pouquinho, vai!)
O que alguém deve fazer para se destacar em meio a pessoas tão espetaculares? Porque até podemos sentir um carinho especial ao lado de um, mas, quando estamos na presença de outro, pensamos que é o certo. Quantas facetas! Talvez fosse bem mais simples triturar todas essas pessoas e bancar o louco do Frankenstein - conceberíamos o ser perfeito...
Mas talvez não fosse tão perfeito se fosse um só - hmmm...
Não adianta fugir desse jogo de sorte - sim, o amor. Seu coração, córtex, alma, ou como preferir, talvez esteja mandando sinais agora mesmo, e você não esteja conseguindo captar muito bem... Essa droga de sinais "disfarçados", terríveis. Parecem óculos de grau extra-forte, quando só precisamos de um pouco de colírio! Digam, da próxima vez, que precisam, sim, de um novo telefone celular. Quanto ao velho? Dê de presente para essa coisa abstrata à qual refere-se por "coração" - quem sabe assim fique mais fácil.
E quem disse que o amor não sabe enviar mensagens de texto?!


"As mulheres podem tornar-se facilmente amigas de um homem; mas, para manter essa amizade, torna-se indispensável o concurso de uma pequena antipatia física." - Friedrich Nietzsche

Beijocolates,
#V

segunda-feira, março 11

Histórico de layouts

Tava fuçando o blogger e acabei encontrando todos os layouts de todos os blogs que eu já fiz OMG QUE EMOÇÃO e tinha que resolvi postá-los aqui, principalmente porque eu fiquei surpresa com a falta de qualidade dos primeiros.

Figurinha de Caderno/Bakery Sale



































 Fábrica de Milkshakes




Resto









Desculpem-me pela péssima qualidade das imagens, mas foram as únicas que eu consegui encontrar.

domingo, março 10

"Esquece isso"

       Interessante é a forma como as pessoas encontram de não lidar com os problemas que mais as afetam, machucam e martirizam diariamente. Todos já devem ter percebido que, quando ocorre algo sério com algum amigo seu e ele está triste e acabado por conta disso, o primeiro conselho que sai da sua boca é "não pensa nisso não"; o mesmo acontece quando você é a vítima do problema e recebe conselhos semelhantes, muitas vezes, porém, pensando "é fácil falar, difícil é fazer". Então por que você dá a mesma porcaria de conselho?!


       Hoje eu estava pensando no porquê de ser tão complicado simplesmente não pensar sobre algo que te incomoda e cheguei à seguinte conclusão: as pessoas que têm conhecimento da situação te dizem constantemente "esquece isso", "deixa pra lá". A certa altura do campeonato, você mesma, sempre que se preocupa com a questão, repete para si mesma "esquece isso" e jura mentalmente "deixar pra lá". Acontece que, no simples e involuntário ato de parar e lembrar que não devo pensar sobre o assunto, já pensei várias vezes; daí pra frente, o objetivo (muito difícil, por sinal) passa a ser esquecer de não lembrar.
       Agora me diz, por favor, como eu vou esquecer de não lembrar se aquilo martela a minha cabeça cotidianamente. Venhamos e convenhamos, um problema que mereça um "esquece isso" não é qualquer nota baixa, computador tiltando ou comida queimada.
       Para continuar o texto, vou categorizar os tipos de problemas para melhor entendimento:

1- "Que besteira, menina!": A revista de assinatura semanal não chegou no dia certo ou você esqueceu de fazer a sobrancelha em um dia de festa do colégio;

2- "aff, odeio quando isso acontece comigo": A unha quebrou ou o twitter não tá logando;

3- "shh" (alisada no ombro): me ignoraram na conversa ou fiz uma piada que ninguém riu;

4- "puts": acordei atrasada pro colégio ou comprei uma roupa menor que meu tamanho;

5- "caramba": meu ipod quebrou ou perdi meu celular;

6- "vai dar tudo certo": vou fazer uma cirurgia ou meu cachorro está doente;

7- "não pensa nisso": varia entre acabei um relacionamento e meu avô tá doente;

8- (silêncio e abraço): eu estou doente ou algum dos meus pais morreu.

       Sei que devo ter pulado uns 20 tipos de problemas intermediários aí, mas você entendeu o ponto. Agora que tudo já está, como diria um ex-professor meu "clear as the sun - claro como o sol" (sim, ele falava em inglês E português, pra dar ênfase), continuemos.
       Não. Não dá pra não pensar no seu avô doente. Não dá pra não pensar naquele menino quando ele dá sinal de vida direto pelo Facebook. Não dá pra não pensar. Mas não vale dar uma de ignorante e dizer isso pra a pessoa que tenta te consolar. Todos sabemos que não dá pra deixar pra lá, mas, acredite, ajuda bastante se você parar de falar sobre isso (chega um ponto que ninguém vai te aguentar mais falando a mesma coisa todo dia).
       Não pare de dar esse conselho, dá a entender que você se importa, e não pare de pensar sobre os seus problemas, eventualmente você entenderá porque aconteceram ou aprenderá a aceitá-los.

J

sábado, março 9

To Do List

       Se não me engano, desde a sexta série, eu, poucos dias antes do réveillon, escrevo uma lista com todos os meus objetivos para o ano que chega.
       Não sei você, mas eu sou fã de organização (que minha mãe nunca leia isso e queira me desmentir). Não necessariamente organização material, leu isso, mãe?, como a do meu quarto, caderno, guarda-roupas ou bolsa do colégio, mas a organização de "coisas pra fazer" do dia, da semana, do mês e do ano (sim, eu tenho listas e mais listas espalhadas pelo meu armário, em papeis avulsos, referentes a dias e anos já passados).
       Ao estabelecer suas metas para o ano seguinte, você garante a possibilidade de consultar sua lista durante o ano, para o caso de ter se esquecido de fazer alguma coisa tendo a oportunidade, perceber o quanto suas prioridades mudaram do começo ao fim do ano e, mais importante, riscar da lista, no réveillon seguinte, tudo aquilo que você fez e se sentir realizada (ou não, né) por ter conseguido atingir X% de seus objetivos.
       Particularmente, não sou exatamente fã de mostrar minhas metas para outros, mesmo para meus amigos, desde que eu achei minha lista de realizações para 2009 e dois dos itens eram "arranjar um namorado" e "gazear mais aulas", o que me fez sentir suficientemente ridícula. Para os curiosos, apenas um dos itens estava marcado... e acredito que todos saibamos qual era.

obs.: Esse ano eu comprei uma agenda pra não ter que anotar as coisas em papeis soltos, e as listas me ajudam diariamente a não esquecer de fazer algo que eu devo.

J

Teste 078




É o nosso jeitinho próprio de guardar o que é bom para sempre.
#V

sexta-feira, março 8

Vestibular

Não faço ideia de quantas pessoas constituem o público leitor desse blog, mas escrevo para todos os terceiranistas de 2013 interessados em passar no vestibular 2014.

       Na vida de cada um, acredito eu, haverá uma época negra repleta de experiências as quais, olhando para trás, no futuro, arrependemo-nos de tê-las vivido, mas não do resultado de tais erros, de tudo o que aprendemos com eles. Apesar de ainda nova, creio que já cometi ao menos 90% das mais graves faltas que se poderia ter cometido sendo uma menor de idade, mas esse período que já se foi definiu grande parcela da minha atual personalidade e cada pequeno detalhe da minha vida foi como deveria ter sido para tornar-me quem hoje sou.
       Dentre as muitas lições assimiladas por mim nos últimos anos, após erros consecutivos, uma das mais preciosas se resume à frase "se quer algo, faça por merecer". Não se ganha o respeito do próximo através de atos estúpidos semanais; não se tem paz familiar negligenciando os pais e desrespeitando-os; e, finalmente, não se passa no vestibular merecidamente sem estudos e esforço.
    Digo-lhes, então, que levem a sério esse ano, estudem arduamente, mas sem exagero ou desespero, e lembrem-se sempre da concorrência. As festas continuarão acontecendo, mas você não precisa frequentar todas; Porto Seguro vem aí, mas essa viagem não precisa ser a sua razão de viver até julho; namorar ou sair com as amigas é importante, mas saiba organizar seu tempo. Não vale a pena chegar do colégio cansada no final da tarde e ir malhar diariamente, deixando de estudar; pense que, se você passar, ano que vem você terá muito mais tempo para essa malhação.
       Pense sobre isso e reflita, reveja suas prioridades e, se discordar de qualquer palavra aqui escrita, mesmo após a reflexão, não a siga.

Espero que ajude.

quinta-feira, março 7

Teste 077

Depois de ter passado por uma aula inteira de Química desinteressante, estava pilhada. E comecei a refletir sobre quão injusto é o tempo, em algumas medidas...
TEMPOTEMPOTEMPO

Crescemos ouvindo sobre a "aborrecência", o momento em que os mais dóceis tornam-se capazes de explodir automóveis, etc., mas nunca pensamos que seria tão difícil. A crise de identidade é sutilmente posta em nossas vidas; sem autonomia adulta, sem dependência infantil, ficamos todos presos e surtados no "meio" do processo. E o que somos nós, afinal? Se nos achávamos gostosas quando cursávamos o nono ano, hoje rimos contrafeitas das pernas finas e calombadas que, graciosamente, estão ficando no passado. Mas se hoje nos achamos o máximo por ter as respostas mais inteligentes, é provável que, em alguns meses, comecemos a imaginar se éramos tão inteligentes assim: é natural; é humano e evolutivo - mas desagradável.
Se já não basta a maturidade oscilante e o organismo em adaptação, a sociedade terá algo mais a lhe propor: um vestibular. O termo está definido em um dicionário de bolso como "exame de admissão às escolas superiores", apenas, mas quem já prestou ou vai prestar sabe que não acaba por isso mesmo. A partir do momento em que colocamos os nossos pés em uma sala de Ensino Médio, deixamos de ser seres humanos e passamos a ser vestibulandos. Uma missão nos é dada: sermos aprovados - embora não seja assim tão fácil.
Diferente dos animais irracionais, os humanos conseguem investir tempo e esforço para obter uma recompensa a longo prazo - mas ninguém disse que seria moleza. Acontece que apenas 5% de nosso cérebro comanda o alterego, nossa racionalidade, enquanto todo o resto quer logo, para já, tudo o que nos fizer feliz (isso justifica alguns casais vaivéns por aí), e, em termos de imediatismo, o vestibular perde feio - o que mais tedioso a uma mente criativa que passar um ano em estudos longos a ocupar dois terços de cada dia? Combater preguiça, imaginação e a nova temporada da sua série favorita parece quase impossível... é justamente aqui onde entra o universo pendente, pois, se você achou que estatística, mol e silogismo não eram bons motivadores, é chegada a hora da pressão.
Seja por querer ou por costume, alguém sempre pergunta "como vão os estudos?" ou "passou?" (esta pode vir antes mesmo de a segunda série começar). Essas pequenas pontadas, ingênuas, fazem um despreparado entrar em parafuso: além de ter de estar morto para o mundo durante um ano, enfiado entre cadeiras desconfortáveis em uma salinha gelada, devorando volumes científicos, precisa conseguir uma boa aprovação em uma boa faculdade de um bom curso. A questão do curso começa desde cedo: Publicidade, Enfermagem, Administração, Psicologia, Nutrição, Jornalismo, Química Industrial... você pode fazer o que você quiser, desde que queira Direito, Medicina ou Engenharia.
E você pensa que, apesar dos livros que você deve ler, apesar das espinhas horrendas no rosto, apesar das festas às quais você vai ou é proibido de ir, apesar das tardes de ensaio, apesar das dezenas de matérias isoladas, apesar dos corações partidos, apesar dos sorvetes derretidos, apesar das notas baixas, apesar dos marca-textos acabados, apesar das borrachas desaparecidas, apesar das dores nas costas, apesar de ter que fazer bem a prova da sua vida, apesar dos encontros, apesar das amizades rompidas, nós conseguimos dar conta, superar o mal tempo e enfrentar a fase adulta. O que eu posso dizer? Concordo com você, ou pelo menos deveria - não me resta muita opção se eu resolvo discordar. É que o tempo avança, quer a gente acompanhe ou não. Por ora, abrimos mão de uma boa sesta e dos filmes imorais que estão em cartaz, tentando driblar os obstáculos dessa porralouquice toda.

"O tempo, às vezes, é alheio à nossa vontade, mas só o que é bom dura tempo o bastante pra se tornar inesquecível" - Chorão


Beijocolates,

#V
P.S.:Breve comentário sobre a morte de Alexandre Magno - como costume, apesar de ser contra a ideologia do falecido, as vendas dos produtos de Charlie Brown JR. vão disparar; o pequeno trecho ao fim desta postagem não vem de ibope acrescido, mas de um gosto em particular. Escutem "Vícios e Virtudes", acompanhem a letra, façam um minuto de silêncio e orem, segundo sua própria crença, por alguém que deixa este mundo para trás.
P.P.S.: Como prova do meu não-fanatismo-instantâneo, admito-lhes que não sabia quem era Hugo Chaves até o óbito - ignorante, sim, mas sincera.

quarta-feira, março 6

X - Parte 2

Certo, admito que eu quero escrever logo a historia toda e temos todo o tempo do mundo (como diria Legião Urbana) pra ler e escrever o que bem entendermos. Então aqui vai a Parte 2.

X imaginara o diálogo que teriam sobre o assunto durante toda a semana, e chorava a cada vez, por sempre simular o pior. Ela, de coração partido, põe-se a chorar ao ouvir o temido "não" vindo do garoto.  Como previsto, o pior veio. Apesar de ele não tê-la contado, X soube de primeira mão sobre o namoro entre J e T, sobre as vezes que ele foi à casa dela e o esforço que ele fazia semanalmente para visitá-la num bairro distante. X sofria um pouco mais, mas gradativamente se deixava esquecer de sua paixão por J. Mesmo sentindo-se tão perto da vida dele por saber de cada detalhe, X sabia que estava mais distante do que nunca. Recentemente, enquanto stalkeava o FB de J, X viu uma postagem na qual o garoto afirmava querer ir a uma festa sem a namorada, e identificando-se como solteiro, e informando ao amigo sobre uma viagem para outro estado, na qual iria para uma festa e, em suas próprias palavras, "vou beber pra caraaai, doidoooo kk". A cada dia, X se vê mais feliz por não ter seguido em um relacionamento com J, e, mesmo tendo sido doloroso, reconhece que o sofrimento teria sido maior.

Fim (por enquanto...)

terça-feira, março 5

É demais pra mim

       Eu sei que aqui não é exatamente o local mais apropriado pra postar todas as minhas ideias e coisas que passam pela minha cabeça (ou será que é?), mas eu percebi que meu twitter é muito mais exposto e muito mais visitado pelas pessoas que eu conheço, o Facebook não é nem de longe apropriado pra isso não, NÃO É apropriado pra postar cada um dos seus pensamentos diários, pessoas jegues que dão "boa noite faces" e o Instagram nem se fala, né.
      Pois então aqui estou eu, escrevendo já meu quarto post consecutivo depois de mais de um ano tendo abandonado o blog.

E repito:

    É DEMAIS PRA MIM!    


      Hoje eu estou com muito na cabeça e preciso externar desesperadamente. Não acho que ninguém tem a obrigação de ler o que vou escrever aqui, até porque é muito provável que chegue ao tedioso para alguns, mas eu não me importo, de verdade.
       As mais diversas preocupações me enchem a cabeça hoje, entre elas está a típica consciência de não estar dando o meu melhor nos estudos nem me dedicando tanto quanto eu poderia. Por isso, resolvi só entrar no computador/ipod por questões relacionadas ao colégio e, fora isso, tenho uma cota de 2h/dia. Imagino que muitos consideram isso muito, mas levando em conta o meu vício e que hoje mesmo eu perdi pelo menos 5 horas entre jogos no ipod, TV e internet e dediquei-me, estourando, a 1h de exercícios de física e biologia.
       Eu saí do cursinho de matemática porque achava que o professor era muito devagar com o assunto, e considerava o tempo gasto em suas aulas um grande desperdício de horas de estudo importantes, acontece que hoje, dia em que costumava ter cursinho, ao invés de ter 5h de aula, tive 5h de besteiras.
       Outro fator da minha preocupação foi o meu peso. Não que eu seja extremamente pesada, até porque uma pessoa de 1,5 metro não poderia pesar tanto assim, mas a minha barriga está crescendo e eu estou definitivamente incomodada, principalmente porque a costureira que ajustou as minhas camisas da farda do colégio, deixou-as num tamanho muito menor do que o que eu pedi, então a blusa fica rente à minha barriga, evidenciando sua existência. Resolvi, portanto, correr todos os domingos de manhã pra manter meu colesterol num nível baixo (tenho problemas de colesterol) para não prejudicar o meu tratamento - que já estou fazendo pela terceira vez em três anos - com o Roacutan, que aumenta o colesterol consideravelmente.
       Além disso, amanhã eu vou colocar aparelho ortodôntico para passar, no máximo, 8 meses com ele; estou cursando o terceiro ano, então não tenho exatamente muito tempo para me adaptar a todas as mudanças; quero muito passar no vestibular na metade do ano para me poupar de 6 meses de estresse e estudo intenso e para dar o veredicto de se meus estudos são, ou não, o suficiente. Claro que é melhor prevenir do que remediar, portanto tenho que fazer valer cada intervalo de tempo razoável que eu encontrar para o estudo.
      Felizmente, estou pelo menos fazendo exercícios diariamente em casa, o que já é um grande avanço do ano passado pra cá. Ano passado eu só estudava nas vésperas de provas e quase nunca "dava tempo" de fazer exercícios para testar meu conhecimento antes das avaliações. Considerando que eu fiquei na recuperação final de duas das minhas específicas do vestibular e levei ponto de corte na federal e minha arqui-concorrente no CTG não só não ficou em nenhuma final como é ótima em química, estudou o ano passado inteiro e ficou classificável na federal, como também tirou uma nota maior do que a minha no SSA e em quase todas as matérias no boletim do colégio. Me resta, por fim, estudar e TIRAR UMA NOTA MAIOR QUE ESSA VADIA conseguir um bom resultado no vestibular.
       Pra completar, uma das minhas melhores amigas se afastou um pouco esse ano por causa de uma novata (nada contra, a novata é muito legal, mas elas podiam passar os intervalos COM a gente, e não sem...) e eu estou tocando violão e cantando pessimamente (acho que é o estresse).

Mas ao menos minha relação familiar está boa.


Obs.: Mal posso esperar pra o ano que vem chegar, mesmo amando a relação da turma no terceiro ano com as brincadeiras e tudo mais, eu preciso ter tempo livre pra ler, preciso acabar com essa rotina preenchida com coisas que não me interessam diretamente, preciso fazer o EJC, preciso me redefinir. Porque eu sei que eu não estou agindo, no presente, como a pessoa que eu sei que sou e posso ser.

segunda-feira, março 4

X - Parte 1

Fiquei inspirada pelos posts de V sobre os casos amorosos dela, e resolvi postar um também (não necessariamente sobre mim), aproveitando a falta de vontade de fazer exercícios de biologia e matemática (hehehe).

Então é o seguinte: X era a melhor amiga de J há anos e anos. J era apaixonado por X há mais anos do que a amizade deles durara, mas havia parado de gostar dela dessa maneira há pouco tempo. X e J se aproximaram bastante e desenvolveram um romance, que acabou envolvendo-os como X nunca imaginara. Acontece que J não realmente gostava de X, mas estava fingindo e, certo dia, um dia após pedir X em namoro, acaba com tudo. Mas como assim? Quer dizer que J era insensível e cruel? Nunca saberemos... Finalmente, X e J voltam a se falar, após duas semanas de silencio entre si, mas J já se envolvera com outra menina no meio tempo. Sim, justamente quando X percebeu sua afeição mais aprofundada por J e o conta da forma mais apaixonada possível, ele a joga de lado e escolhe a novata (T), que ele conhecera há apenas 15 dias (oh, isso seriam 2 semanas? creio que sim) num bloco de carnaval. Quem diria que o quadro se inverteria? Agora X se encontrava apaixonada por J, e sem a amizade.

Continua no próximo capítulo...