domingo, março 4

Teste 035

Pode ser infantilidade de minha parte ainda sentir as lágrimas de frustração quando isso acontece. Quero dizer, isso já é tão passado pra mim, ou pelo menos deveria ser. É que isso me incomodou por tanto tempo e me causou tamanha repulsa e/ou índiferença durante um período impassional de minha vida, e agora insiste em reaparecer para tirar-me mais uma noite de sono.
A grande questão é que sempre fui mimada - bem deve ser isso, não é? O fato de eu ter sido caçula por tanto tempo deve ter feito com que isso soasse pior a meus ouvidos. Eu chamaria os efeitos que isso me causa como uma mistura de raiva com decepção mas, no fim das contas, mal posso contestar qualquer coisa relacionada a isso.
Já chorei por isso, é claro, porque é comum que os olhos tornem-se úmidos e molhem nossos rostos quando isso nos magoa. A fartura me deixa em uma corda bamba que me deixa balançar por minha tamanha arrogância e a autossuficiência, mas me faz erguer o olhar e, ainda com medo, seguir em frente por meus deveres, princípios e possibilidades.
É estranho que isso me seja algo tão custoso e duvidoso enquanto que para a maioria das pessoas venha fluente e rapidamente, com facilidade extrema e estonteante. Para mim já foi assim, até que isso se mostrou diferente do esperado. Isso também me fez chorar.
Isso é complicado, embora que também seja lindo.
Eu só queria poder entender essa coisa toda, e seguir, afinal, a corda que, ainda bamba e machucando meus pés, me garante felicidade ao conduzirme ao lado oposto do palco.

"Se adquires um amigo, adquire-o na provação, não confies nele tão depressa. Pois há amigos em certas horas que deixarão de o ser no dia da aflição. Há amigo que se torna inimigo e há amigo que desvendará ódios, querelas e disputas" - Livro do Eclesiástico (6,7 - 6,9)

Beijocolates,
#V

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