Sabe, eu fico pensando... E minha mãe, pra arrematar tudo, radicaliza todos os meus pensamentos: "pode acreditar que você não lembrará de sequer uma pessoa que fez o colegial com você." Em parte, eu acredito, principalmente quando ela me faz rir dizendo que a única menina que guardou o nome foi Aalgumacoisa, a mais chata da turma. Mas, pelo outro lado discordo: HA, eu tenho um diário, mãe, consultarei se preciso.
O ponto é que realmente é triste ficar reconsiderando as pessoas. Definir quem é mais ou menos importante é insuportável, além de ridículo e mesquinho. Porém voltar à realidade é como por o rosto no freezer depois de um banho quente - pelando, que eu digo, senão o choque não rola e pá (atenção, crianças: não tentem fazer isso em casa) -, e o choque é tão grande que até me deixa um pouco... desnorteada. Desconsiderar pessoas do convívio durante trinta e três dias e ter que depender delas em um minuto seguinte é algo preocupante, ao menos para meu humilde ser.
Putz, colégio grande é um porre! Gente se esmagando nos corredores, aquele tumulto pelo reencontro, a falsidade no primeiro e único abraço do ano letivo, os grupos, as panelinhas, as fofocas, ARGH! Cadê meu mundinho? Cadê minha casinha, minha mãe, meus filmes, minha televisão e um bom livro?
A indiferença ficou, e peço sinceras desculpas se magoei alguém - não era minha intenção. O terceiro dia de aula chegou na sexta-feira e estou virando, aos poucos, um zumbi. Não durmo direito, não acordo direito, não como direito, não penso direito; só tenho um único instinto: matar. Não que eu queira sugar o cérebro de ninguém por canudinho, é que, apenas... estou raivosa. Estressada. Mimada. Mal humorada.
Me ajudem a consertar isso e, acreditem: vocês podem me fazer sorrir.
"O que mais eu poderia ser? Todas as desculpas" - Kurt Cobain
#V
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