segunda-feira, maio 7

Teste 046

Perdi meu amigo, porque não mais posso olhá-lo sem pensar no erro que inflama a cada dia. O segredo me tortura e eu apenas fico esperando que um dia algo volte a ser como um dia pôde ser.
Iludi-me mais uma vez ao pensar que ele se importava comigo, e me deparo triste e só por não estar em seus braços, tola como sou, mesmo sabendo que ele nada de mim quer se não a disponibilidade. Sorrio sem graça e me esquivo de cada toque carinhoso, tentando em vão lembrar a mim mesma que aquilo não é amor, não é paixão, não é gosto, não é nada.
Me sinto traída depois de tocar as nuvens acreditando que alguém de fato se importava comigo. Fui culpada ao cair piamente na história já tão manjada; por ter sentido as bochechas queimarem em fogo de felicidade ao descobrir que ele estava tão apaixonado por mim que pôde consumar-se à outra sem pesar algum.
Quando de fato vejo algo dar certo com espontaneidade, sou obrigada a ver e a admitir que aquele garoto, quem eu pensara que ainda suspiraria por mim, pensa em alguém além; alguém que não eu.
Eu poderia chorar agora, só de pirraça, mas venho reclamando tanto que mal tem graça. Quero apenas ficar em paz, dormir em paz, parar de pensar um pouco e tentar lembrar-me sempre que comemorar antes da hora é um erro corriqueiro porque, no fim das contas, sempre é antes da hora.

"Você sabe que o céu ao alto está limpo, mas parece insistir em chover sobre você" - McFly

Beijocolates,
#V

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